ARTIGO – Como seria o Brasil reprimarizado?

ARTIGO – Como seria o Brasil reprimarizado?

“Queimadas na Amazônia e no Pantanal. Crise hídrica. Frio intenso. Pluma de fuligem. Rompimentos de barragens. Insegurança alimentar. Desemprego. Estes são termos que fazem parte do nosso cotidiano, e, para além dos problemas climáticos que vivemos mundialmente, o Brasil passa por uma situação particular. A reprimarização da economia traz consigo problemas ambientais e um rebaixamento nas condições de vida da população brasileira.

A reprimarização é o fenômeno que ocorre quando há mais exportação de produtos primários em detrimento dos produtos industrializados, isso quando as exportações já haviam atingido comportamento inverso de forma consistente em período anterior. Quando um país deixa de exportar, relativamente, mais bens industriais do que primários, comumente representados por commodities agrícolas e minerais, temos a reprimarização. Vamos mostrar a seguir que este é o caso do Brasil.

Neste artigo, faremos um exercício para visualizar como seria o Brasil caso totalmente desindustrializado. Antes disso, retomaremos aspectos que comprovam a desindustrialização relativa do país e a especialização em produtos primários. O Brasil teve um salto da indústria primária, isto é, de recursos naturais e de baixa tecnologia, desde o ano 2000. Salto este que não consegue alavancar o conjunto da economia, muito pelo contrário, o que vemos é a tendência de desenvolvimento de forças produtivas que se traduzem em forças destrutivas, como assinalava Marx. A agroindústria, do modo como está sendo implementada, significa retrocesso, destrói o meio ambiente e não gera emprego e renda para a população.

Será possível uma população de quase 220 milhões de pessoas, das quais 84% se encontram nas grandes cidades, sobreviver com a indústria primarizada? Estas e outras questões serão problematizadas ao longo deste artigo.”

 

Acesse o artigo completo aqui.

Artigo retirado do Anuário Estatístico do ILAESE.

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