BOLETIM CONTRA-CORRENTE 101: A quem interessa o fim e a quem interessa a manutenção da 6×1?

No final do ano passado o movimento pelo fim da escala 6×1 ganhou as ruas e recolocou a discussão da redução da jornada de trabalho na agenda pública brasileira. A pauta tem atraído milhares de trabalhadoras e trabalhadores que sofrem com uma jornada de trabalho extenuante e condições laborais cada vez mais precárias. Embalada pelo movimento, a Dep. Erika Hilton (PSOL-SP), apresentou na Câmara um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) propondo a redução da jornada máxima de trabalho das atuais 44 para 36 horas semanais, 4 dias de trabalho e 3 de descanso. Tal projeto já conta com as assinaturas necessárias e aguarda para ser protocolado.
Enquanto parlamentares da extrema-direita, como o Dep. Nikolas Ferreira (PL-MG), vociferam contra o fim da escala 6×1, alegando que a medida irá gerar uma quebradeira geral de empresas, o governo Lula (PT) silencia, sendo que o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ex-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), se limitou a opinar que o tema deve ser tratado diretamente entre empresas e empregados em convenções e acordos coletivos.
A luta pelo fim da escala 6×1 deverá se acirrar nos próximos meses quando a PEC efetivamente começar a tramitar. Para contribuir com este debate, o Boletim Contra-Corrente deste mês traça um perfil dos trabalhadores e principalmente das trabalhadoras da escala 6×1. Quantos são, em quais setores estão empregados, a renda média recebida. Além de responder alguns dos principais argumentos utilizados pela burguesia na sua cruzada contra a redução da jornada de trabalho. Afinal a quem interessa o fim e a quem interessa a manutenção da escala 6×1?
Boa leitura!
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