ARTIGO – O papel do trabalho altamente especializado diante da indústria 4.0 e o futuro do ensino superior no Brasil
“Em 2011, foi cunhado o termo Indústria 4.0 para se referir às transformações causadas por um novo modelo de produção, no qual máquinas, ferramentas e processos conectados à internet interagem entre si, com capacidade de operar, tomar decisões e inclusive se corrigir praticamente de forma autônoma. Por sua grandiosidade, a Indústria 4.0 está sendo considerada a quarta revolução industrial, tendo como um dos seus principais impactos sociais a modificação nas relações de trabalho.
Muito tem se falado em relação ao futuro do emprego no marco da Indústria 4.0. O mercado de trabalho vem se alterando de forma qualitativa, isto é, novas modalidades de emprego emergiram e se impõem em face das necessidades do capital, ocupações estão desaparecendo e outras estão surgindo devido à robotização e digitalização da produção. Já vimos como a quarta revolução industrial favorece a precarização das relações de trabalho, bem como o papel das novas modalidades de emprego – uberização, pejotização, trabalho por peça – no Brasil e no mundo.
Ressoa amplamente uma preocupação sobre os efeitos das novas tecnologias para os atuais trabalhadores e as gerações mais jovens que estão ingressando ou irão ingressar na força de trabalho. A maioria dos estudos e das pesquisas apontam para riscos da substituição massiva de postos de trabalho, por outro lado, as grandes transformações pelas quais o mundo vem passando foram potencializadas pela pandemia de COVID-19.
Há, contudo, os que advogam em favor das oportunidades da manufatura avançada para os trabalhadores que souberem investir em formação “adequada”. Nesse contexto, o tema da qualificação ganhou grande relevo, assim como a discussão sobre as profissões do futuro e as vantagens que a nova revolução industrial brinda aos trabalhadores especializados. Nosso objetivo neste artigo é precisamente analisar as tendências e os impactos da automação avançada sobre o trabalho altamente especializado, em especial no Brasil, em face de sua localização na Divisão Internacional do Trabalho (DIT), bem como relacionar essas tendências com o futuro do ensino superior no país.”
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Artigo retirado do Anuário Estatístico do ILAESE.
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